Um estudo publicado recentemente no Journal of Positive Psychology revela que o bem-estar de uma pessoa enquanto criança permite predizer um maior nível de bem-estar enquanto adulto, e não apenas a mera ausência de patologia do foro mental.
De facto, muito se sabe sobre a associação entre uma infância problemática e atribulada e alguns problemas de saúde mental; mas poucas pesquisas até à data examinaram o efeito de uma infância positiva.
Pela primeira vez, investigadores da Universidade de Cambridge e da Unidade MRC for Lifelong Health and Ageing,analizaram a relação entre uma adolescência positiva e o bem-estar na vida adulta.
A caracterização de infância positiva baseou-se na avaliação dos professores do nível de felicidade dos alunos, bem como das suas relações de amizade e da sua energia; aos 13 e 15 anos. O aluno recebia um ponto positivo por cada um dos quatro items: ser popular entre os outros colegas, ser contente e feliz, fazer amigos com extrema facilidade e ser extremamente energético e nunca se cansar. Os professores avaliaram também certos problemas de conduta como a inquietude, a desobediência, a postura incorrecta nas aulas e a desatenção demonstrada pela criança; e características emocionais como a ansiedade, o medo e a timidez.
De seguida, os investigadores relacionaram estas avaliações com a saúde mental, a experiência laboral, as relações e as actividades sociais de cada um dos indivíduos, várias décadas mais tarde; e verificaram que os adolescentes que foram pontuados positivamente pelos seus professores tinham níveis de bem-estar em adultos mais elevados, incluindo maior satisfação no trabalho, contacto mais frequente com família e amigos e participação mais regular em actividades sociais e de lazer.
As crianças consideradas felizes mostraram também uma menor probabilidade de desenvolver problemas mentais ao longo das suas vidas.
Não se verificou, no entanto, uma relação entre uma infância feliz e uma maior probabilidade da pessoa se casar, bem pelo contrário. Os investigadores concluíram que pessoas que foram crianças felizes tinham uma maior probabilidade de se divorciarem. Um factor que os investigadores pensam contribuir para este resultado é o facto de pessoas felizes terem uma maior auto-estima, pelo que são mais capazes e predispostas a abandonar um casamento infeliz.
Todos os resultados foram ajustados à classe social de origem da pessoa, à inteligência desta em criança e à educação.
Segundo os autores, estes achados sugerem que devemos, por todas as razões óbvias e mais esta, prestar especial atenção ao bem-estar das nossas criança, garantindo o melhor início de vida possível que, assim, se espera mais produtiva, mais preenchida e mais feliz.
De facto, muito se sabe sobre a associação entre uma infância problemática e atribulada e alguns problemas de saúde mental; mas poucas pesquisas até à data examinaram o efeito de uma infância positiva.
Pela primeira vez, investigadores da Universidade de Cambridge e da Unidade MRC for Lifelong Health and Ageing,analizaram a relação entre uma adolescência positiva e o bem-estar na vida adulta.
A caracterização de infância positiva baseou-se na avaliação dos professores do nível de felicidade dos alunos, bem como das suas relações de amizade e da sua energia; aos 13 e 15 anos. O aluno recebia um ponto positivo por cada um dos quatro items: ser popular entre os outros colegas, ser contente e feliz, fazer amigos com extrema facilidade e ser extremamente energético e nunca se cansar. Os professores avaliaram também certos problemas de conduta como a inquietude, a desobediência, a postura incorrecta nas aulas e a desatenção demonstrada pela criança; e características emocionais como a ansiedade, o medo e a timidez.
De seguida, os investigadores relacionaram estas avaliações com a saúde mental, a experiência laboral, as relações e as actividades sociais de cada um dos indivíduos, várias décadas mais tarde; e verificaram que os adolescentes que foram pontuados positivamente pelos seus professores tinham níveis de bem-estar em adultos mais elevados, incluindo maior satisfação no trabalho, contacto mais frequente com família e amigos e participação mais regular em actividades sociais e de lazer.
As crianças consideradas felizes mostraram também uma menor probabilidade de desenvolver problemas mentais ao longo das suas vidas.
Não se verificou, no entanto, uma relação entre uma infância feliz e uma maior probabilidade da pessoa se casar, bem pelo contrário. Os investigadores concluíram que pessoas que foram crianças felizes tinham uma maior probabilidade de se divorciarem. Um factor que os investigadores pensam contribuir para este resultado é o facto de pessoas felizes terem uma maior auto-estima, pelo que são mais capazes e predispostas a abandonar um casamento infeliz.
Todos os resultados foram ajustados à classe social de origem da pessoa, à inteligência desta em criança e à educação.
Segundo os autores, estes achados sugerem que devemos, por todas as razões óbvias e mais esta, prestar especial atenção ao bem-estar das nossas criança, garantindo o melhor início de vida possível que, assim, se espera mais produtiva, mais preenchida e mais feliz.
Fonte: Marcus Richards, Felicia Huppert. Do positive children become positive adults? Evidence from a longitudinal birth cohort study. The Journal of Positive Psychology, 2011; 6 (1): 75 DOI: 10.1080/17439760.2011.536655
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